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Vendas de Natal devem crescer 4% nos shoppings neste ano, projeta Abrasce

As vendas de Natal devem ter uma alta nominal de 4% nos shoppings neste ano, em comparação com 2021, segundo estimativa divulgada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). A alta nominal não considera a inflação do período, que chegou a atingir dois dígitos em meados do ano.

O setor deve movimentar R$ 5,5 bilhões entre os dias 19 e 25 de dezembro. Para 2022, a Abrasce diz que os produtos com mais procura são artigos de perfumaria e cosméticos, vestuário, calçados, eletrônicos, brinquedos, joalheria e itens esportivos.

A projeção indica um crescimento das vendas abaixo da inflação (pois o IPCA deve avançar mais de 5% em 2022, segundo o último Relatório Focus, do Banco Central). Além disso, Abrasce estima que o ticket médio das vendas deve ser de R$ 188, praticamente o mesmo patamar de 2019 — o que sinaliza o poder de compra mais apertado da população.

Otimismo dos shoppings

Ainda assim, a pesquisa aponta que, para 87% dos shoppings, as expectativas são positivas para o Natal deste ano.

Em relação ao fluxo de visitantes, 79% dos shoppings acreditam que a movimentação será 8% superior em comparação à de 2021. Para incentivar o aumento do fluxo de visitantes, 83% dos shoppings funcionarão em horário estendido.

A pesquisa mostrou ainda que 67% dos shoppings disseram que investirão mais em decoração, ação promocional e divulgação para movimentar a data. O aumento médio dos investimentos é de 17%.

Mais contratações

Diante do aumento na frequência de visitantes ao longo do ano, a Abrasce estima um aumento de 11% no quadro de funcionários dos shoppings para o quarto trimestre, com a contratação de 112 mil trabalhadores temporários — uma alta de 14% sobre 2021.

 

 

Para o presidente da Abrasce, Glauco Humai, a expectativa neste Natal está positiva, com perspectiva de um crescimento sobre 2021 e retomada aos patamares de 2019, apesar do cenário econômico mais difícil devido à alta de juros e às incertezas econômicas.

“No âmbito geral, o cenário ainda é restritivo ao consumo, considerando os preços de bens elevados, aumento dos juros e incertezas com o cenário econômico para o próximo governo”, afirmou Humai em nota enviada à reportagem.

“No caso dos shoppings, contudo, estamos tendo uma recuperação contínua, voltando aos patamares do período do pré-pandemia, e contamos com uma previsão de fechamento do ano que deve atingir ou superar o faturamento de 2019, o maior da história do setor”, afirmou o executivo.

Entre janeiro e outubro, o setor acumula um crescimento de 25,6% sobre o mesmo período de 2021, o que mostra uma recuperação bastante robusta até o momento.

 
 
 
 
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