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Braskem: Unipar (UNIP6) “passa de fase” nas negociações para comprar fatia da ex-Odebrecht; ações BRKM5 sobem forte na B3

Vista da então nova unidade da Braskem Petroquímica, em Paulínia, São Paulo. Petrobras (PETR3 e PETR4) e Novonor são as principais acionistas da Braskem (BRKM5) | Dividendos
Imagem: Estadão Conteúdo/Alex Silva
 

A disputa pela participação da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem avançou nesta terça-feira (4), depois que a Unipar (UNIP6) passou de fase, ficando um pouco mais perto de levar a petroquímica. As ações BRKM5 estão entre as maiores altas do Ibovespa hoje. 

Em comunicado, a Unipar informa que recebeu da Novonor a sinalização de que estrutura da operação pretendida atende aos interesses da ex-Odebrecht e de suas partes interessadas.

“A referida sinalização está sujeita a determinadas condições, incluindo a concordância dos bancos credores titulares de alienações fiduciárias sobre as ações da Braskem com os termos da operação”, diz o comunicado. 

A nota esclarece ainda que essa sinalização não engloba a concessão, neste momento, de exclusividade à Unipar no processo de venda do controle da Braskem. 

A oferta da Unipar pela fatia na Braskem

No mês passado, a Unipar esquentou a disputa pela fatia da Novonor na Braskem ao oferecer R$ 36,50 por ação da petroquímica. Na ocasião, o valor representava um prêmio de 42,5% sobre as cotações de fechamento da Braskem de R$ 25,61.

 

A proposta prevê a realização de uma oferta pelas ações dos minoritários nos mesmos termos da Novonor. Ou seja, se a transação for adiante, os papéis da Braskem podem ter um bom potencial de valorização pela frente.

Por volta de 13h45, as ações BRKM5 subiam 4,91%, cotadas a R$ 28,84, figurando entre as maiores altas do Ibovespa neste início de tarde. Em um mês, os papéis da Braskem acumulam ganho de 20%, enquanto em 2023, o avanço é de 20,45%. 

Petrobras precisa decidir

A Braskem hoje é controlada pela Novonor e pela Petrobras (PETR4), e o andamento da oferta da Unipar passa necessariamente pela estatal.

Isso porque os dois sócios contam com um acordo de acionistas, que prevê o direito de preferência caso uma das partes receba uma proposta de compra. Além disso, o acordo estipula o chamado tag along, ou seja, o direito de o outro sócio vender a sua participação nas mesmas condições.

E a Unipar estabeleceu como uma das condições para que a oferta vá adiante que a Petrobras não exerça nenhum dos dois direitos.

 

O problema é que a nova gestão da estatal já se mostrou reticente à venda de qualquer ativo. No mercado, não se descarta inclusive que a Petrobras decida comprar a participação do sócio na Braskem.

As propostas pela fatia da Braskem

A Novonor já recebeu duas ofertas pela sua participação de 50,1% na Braskem, que detém dois terços do mercado petroquímico no Brasil. 

A Petrobras é co-controladora, com 47%, e o BNDES é credor da companhia. Em uma possível conversão de dívida em ações, o banco poderia se tornar sócio da Braskem.

No mês passado, a estatal se manifestou duas vezes oficialmente dizendo apenas que avaliando a melhor opção para a sua estratégia na Braskem.

Fonte : Money Times 

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