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O novo calvário da Oi (OIBR3; OIBR4): empresa declara dívidas de quase R$ 30 bilhões à Justiça do Rio; Itaú BBA puxa a fila entre os bancos nacionais

Oi (OIBR3) no fundo do poço
Imagem: Monstagem Beatriz Azevedo

Em 2016, quando a Oi (OIBR3; OIBR4) deu entrada em seu primeiro pedido de recuperação judicial, a companhia tinha dívidas de cerca de R$ 65 bilhões a serem renegociadas; pois, passados pouco mais de seis anos — e poucos meses desde o fim desse processo —, a companhia se vê diante de uma nova montanha de compromissos financeiros.

O Seu Dinheiro teve acesso a um documento enviado hoje pela Oi à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro com o detalhamento dos credores e do saldo atual da dívida da empresa. Ao todo, entre 14 instituições nacionais e estrangeiras e contratos em diversas moedas, a companhia tem um endividamento total que beira os R$ 30 bilhões.

A lista faz parte do processo de tutela cautelar protocolado pela Oi na Justiça do Rio, num movimento semelhante ao feito pela Americanas (AMER3) há algumas semanas — trata-se de uma espécie de 'pré-recuperação judicial', em que uma empresa fica protegida da execução das dívidas pelos credores no curtíssimo prazo.

No caso da Americanas, a tutela cautelar não evitou que, dias depois, a companhia entrasse de fato na recuperação judicial — na ocasião, o volume de endividamento declarado pela varejista era de R$ 43 bilhões. Ou seja: a Oi não está muito atrás, embora tenha acabado de concluir um processo de reestruturação financeira.

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Oi (OIBR3;OIBR4): quem são os credores?

Há instituições das mais diversas na lista: desde as trustees — basicamente, as administradoras de títulos de dívida da Oi (OIBR3;OIBR4) que são comprados por terceiros — até os agentes fiduciários, passando inclusive pelos bancos nacionais. E, neste terceiro grupo, o Itaú BBA puxa a fila, com um saldo de R$ 2 bilhões a ser recebido.

 

O primeiro colocado no ranking de credores divulgado pela Oi é o BNY Mellon, que atua como trustee e tinha créditos de US$ 1,73 bilhão a serem recebidos ao fim de 2022 (ou pouco mais de R$ 9 bilhões, pela taxa de câmbio considerada pela companhia).

A lista também conta com instituições britânicas, chinesas e brasileiras, de diversas naturezas. Veja abaixo a tabela completa:

Quem  Saldo em 31/12/2022 (em R$) 
The Bank of New York Mellon (Trustee) 9.036.596.473,26
GDPC Partners Serviços Fiduciários DTVM Ltda (Agente Fiduciário) 8.258.023.695,27
Wilmington Trust (London) Limiterd (Agent) 4.183.754.212,63
China Development Bank  3.819.231.895,70
Banco Itaú BBA S.A. 2.033.298.154,30
Fundação Atlântico de Seguridade Social 948.125.377,13
Banco do Nordeste do Brasil S.A. 156.433.698,71
Banco da Amazônia S.A. 100.049.518,58
Banco Bradesco S.A. 34.446.017,81
Banco ABC Brasil S.A. 2.505.861,95
Banco Santander (Brasil) S.A. 2.258.089,54
Banco BNP Paribas Brasil S.A. 675.465,97
Banco Fibra S.A. 28.981,04
Banco Modal S.A.   24.841,10
Total 28.575.452.282,99
Fonte: Oi, em documento entregue à Justiça do Rio

 

Fonte : SD

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