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ESG: entenda o conceito, seus princípios e impacto nos investimentos

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GESTÃO DE NEGÓCIOS
por FIA ONLINE | 4 de Outubro de 2022

A adoção de práticas ESG está entre as principais tendências do mundo dos negócios. Cada vez mais, espera-se que as organizações ampliem o olhar para os interesses dos seus stakeholders e não apenas dos seus shareholders. 

 

 

Segundo a edição 2022 da pesquisa Edelman Trust Barometer, 58% dos entrevistados declararam que compram ou defendem marcas considerando seus valores e crenças. Além disso, 60% escolhem um lugar para trabalhar e 80% investem com base em seus valores e crenças.

 

Ou seja, assumir papéis sociais torna-se cada vez mais urgente para as empresas. Nesse sentido, a agenda ESG tem sido adotada por grandes, médias e pequenas empresas, a fim de gerar impacto social e promover a inovação. 

O conceito ESG e seus princípios 

O termo ESG foi criado em 2005, por Kofi Annan, então secretário-geral da ONU. A sigla faz referência aos princípios Environmental, Social e Governance (em português, meio ambiente, social e governança corporativa).

 

O relatório Who Cares Wins, onde o termo circulou pela primeira vez, apresentava diretrizes e recomendações sobre como contemplar questões ambientais, sociais e de governança na gestão de ativos, serviços de corretagem de títulos e pesquisas relacionadas ao tema. À época, apenas 23 empresas concordaram em assinar o documento.

 

O conceito ganhou força a partir de 2019, quando a Declaração de Propósito do grupo Business Roundtable contabilizou assinaturas de 181 CEOs de grandes corporações. No texto, eles se comprometeram a adotar práticas a favor do desenvolvimento sustentável e da responsabilidade social corporativa. 

 

Confira, a seguir, alguns exemplos do que envolve cada um dos pilares ESG: 

 

Ambiental 

  • Proteção de recursos naturais 
  • Redução de emissões de gases de efeito estufa 
  • Gestão eficiente de matéria-prima 
  • Gestão sustentável de resíduos 

 

Social 

  • Respeito aos direitos humanos 
  • Promoção da diversidade de inclusão 
  • Melhoria nas condições de trabalho 
  • Combate a práticas análogas à escravidão e ao trabalho infantil  
  • Cuidado com saúde e segurança

 

Governança 

  • Garantia de independência do conselho 
  • Diversidade na composição do conselho
  • Gestão de riscos
  • Transparência 
  • Combate à corrupção 

 

Impacto do ESG nos investimentos 

Hoje, o ESG tornou-se altamente relevante para a tomada de decisão de investidores. Isso porque impacta diretamente a reputação das empresas e, consequentemente, seu potencial de atrair consumidores e gerar rentabilidade. 

 

Nas bolsas de valores, os agentes de mercado estão cada vez mais atentos e alinhados a pautas sociais e ambientais. Em agosto de 2022, a operadora da bolsa brasileira B3, por exemplo, tornou pública uma série de regras sobre representatividade em empresas listadas. 

 

 

Uma delas prevê que as companhias tenham ao menos uma mulher e um integrante de comunidade minorizada na diretoria ou conselho de administração. A B3 considera comunidade minorizada pessoas autodeclaradas pretas ou pardas, integrantes da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência.

 

Para as companhias que descumprirem a regra, a B3 afirma que elas terão que explicar ao mercado a falta de diversidade nos cargos altos, conforme registrou a Forbes.

 

Atualmente, 60% das mais de 400 empresas listadas não têm nenhuma mulher na diretoria estatutária, e 37% não possuem participação feminina no conselho, segundo a operadora.

 

A B3 afirmou não ter dados amplos sobre raça e etnia. Porém, um levantamento com 73 companhias aponta que 79% delas afirmam ter entre zero e 11% de pessoas negras em cargos de diretoria. 

 

Você também pode se interessar pelo artigo Leila Lória apresenta os desafios da agenda ESG no mundo corporativo.

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