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China leva exportação de carne bovina do Brasil a recorde mensal em setembro

Boi Gordo Nelore Agropecuária Agronegócio
Levantamento da Secretaria de Comércio Exterior divulgado nesta semana já indicava o novo recorde, considerando as vendas externas da carne in natura (Imagem: Unsplash/Juliana Amorim)

As exportações de carne bovina do Brasil alcançaram 231.446 toneladas em setembro, nova máxima histórica mensal superando o recorde anterior registrado em agosto deste ano, com impulso de compras da China, disse nesta quarta-feira a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

Levantamento da Secretaria de Comércio Exterior divulgado nesta semana já indicava o novo recorde, considerando as vendas externas da carne in natura.

O volume total, que considera o produto in natura e processado, também representa alta de 6% no comparativo anual, acrescentou a entidade com base em dados do governo federal.

A Abrafrigo disse que a China continua ampliando suas importações após ampliar compras devido ao feriado da Golden Week, ou Semana Dourada, quando acontecem comemorações durante os dias 1º e 7 de outubro, para celebrar a fundação da República Popular da China.

“Também (há) elevação dos estoques para as comemorações do Ano Novo Lunar no início do ano que vem”, afirmou a associação sobre os chineses.

 

A China comprou 137.723 toneladas de carne bovina brasileira em setembro, ampliando o recorde de agosto que foi de 131.884 toneladas, mostraram os dados.

Assim, o país elevou sua participação como destino dos embarques totais da proteína do Brasil para 52,8%, contra 47,5%.

No acumulado do ano, as exportações caminham para o maior volume já movimentado pelo país e também de sua maior receita.

Boi Nelore Pecuária de Corte
A China comprou 137.723 toneladas de carne bovina brasileira em setembro, ampliando o recorde de agosto que foi de 131.884 toneladas, mostraram os dados (Imagem: Embrapa)

Até setembro, o Brasil já embarcou 1.751.227 toneladas contra 1.502.169 toneladas no mesmo período do ano passado, disse a Abrafrigo. A entrada de divisas correspondente às vendas da carne cresceu 36% no período, para 10,146 bilhões de dólares.

A China importou no ano até setembro 924.403 toneladas da proteína bovina, contra 713.787 toneladas no mesmo intervalo de 2021. Com isso, a receita subiu de 3,824 bilhões de dólares no ano anterior para 6,189 bilhões.

 

Na segunda posição estão os Estados Unidos, com 128.898 (+ 56,5%), com receita de 731 milhões de dólares (+24,4%).

Suínos

Já as exportações totais de carne suína totalizaram 102,7 mil toneladas em setembro, queda de 8,5% no comparativo anual, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Na mesma linha, receita foi de 244,3 milhões de dólares, resultado 4,5% menor que o registrado em setembro do ano passado.

O recuo foi puxado pela China, principal compradora da proteína, que reduziu em 12,1% as importações de setembro, com 46,9 mil toneladas, devido à recuperação da produção chinesa após período de peste suína.

No acumulado do ano, as vendas externas de carne suína do Brasil alcançaram 825 mil toneladas, volume 5% menor em relação ao embarcado entre janeiro e setembro de 2021, enquanto a receita caiu 10,2%, para 1,851 bilhão de dólares.

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O recuo foi puxado pela China, principal compradora da proteína, que reduziu em 12,1% as importações de setembro, com 46,9 mil toneladas (Imagem: Unsplash/Marek Piwnicki)

Apesar da queda, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse em nota que o desempenho do setor no terceiro trimestre, acima da média mensal de 100 mil toneladas, sinaliza um fechamento de ano acima do esperado, em patamares próximos ao realizado em 2021.

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