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Demanda por bens industriais fecha o segundo trimestre com alta de 2,9%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira (23/8), o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, que, após crescer 1,6% em abril e 1,3% em maio, registrou queda de 1,1% no mês de junho, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o indicador fechou o segundo trimestre de 2022 com alta de 2,9% na margem, com crescimento de 2,7% na produção de bens nacionais e de 5,8% nas importações de bens industriais. No mês de junho, entre os componentes do consumo aparente, a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) recuou 0,9%, enquanto as importações de bens industriais tiveram queda de 2,7%.

Na comparação com o mesmo mês de 2021, a demanda interna por bens industriais cresceu 0,1% em junho deste ano. Sendo assim, o segundo trimestre apresentou estabilidade em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado em doze meses, a demanda cedeu 1,2% enquanto a produção industrial, medida pela Pesquisa Industrial Mensal de produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou queda de 2,8%. Na mesma base de comparação, as importações de bens industriais cresceram 11,9%, conforme tabela abaixo:

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Na análise das grandes categorias econômicas, com exceção da demanda por bens de consumo duráveis, que teve alta de 3,9% na margem, todas as demais apresentaram alguma acomodação neste período. Os destaques negativos ficaram por conta dos segmentos de bens de capital e de intermediários, que recuaram 4% e 2,4% na comparação com o mês de maio, respectivamente. Porém, no segundo trimestre de 2022, todos os grupos econômicos avançaram, com destaque para as demandas por bens de capital e bens de consumo duráveis (ambas com alta de 4,3%).  Na comparação com junho de 2021, o segmento de bens de consumo duráveis foi o único a registrar alta (+ 0,2%).

Com relação às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação registrou queda de 1,8% sobre maio e alta de 3,7% no segundo trimestre do ano. Já a indústria extrativa mineral cresceu 1,5% na margem e recuou 8,7% no trimestre. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas tiveram alta de 14,5%.

Na análise setorial, quatro dos 22 segmentos avançaram na margem, com destaque para os segmentos de veículos e alimentos, que tiveram os melhores resultados, com altas de 1,9% e 1,7%, respectivamente. Em relação ao trimestre, 17 segmentos registraram crescimento na comparação dessazonalizada, com destaque para o consumo aparente de derivados de petróleo, da metalurgia e de veículos, com altas de 14,4%, 6,1% e 5,4%.

Acesse a íntegra do indicador no blog da Carta de Conjuntura

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