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As instituições de ensino superior e a mudança de comportamento das novas gerações

É papel de toda instituição de ensino verdadeiramente transformadora conhecer as características de seu público-alvo a fim de acompanhar as mudanças vivenciadas por ele. É por isso que, neste artigo, vamos refletir sobre o comportamento das novas gerações, isto é, dos millennials (geração Y) e dos nativos digitais (geração Z)!

Como nosso blog é um espaço para a reflexão e troca de ideias, convidamos você a encontrar uma posição confortável e canalizar seu tempo e atenção para os conceitos que vamos debater a seguir.

Começamos mencionando que o conceito de “geração” foi extensivamente analisado ao longo do século XX por grandes nomes da Sociologia, Economia, Biologia e até Filosofia. Foi o sociólogo Karl Mannheim, contudo, quem elaborou a teoria das gerações conforme conhecemos hoje (The Problem of Generations, 1923). Segundo Mannheim, uma geração compartilhará as seguintes características:

  • localização temporal;
  • localização histórica;
  • localização sociocultural.

Sua teoria reconhece que todas as gerações têm similaridades, mas são as diferenças em termos de postura, comportamento, crenças, valores e estilos de vida que se destacam e constituem o foco de nosso estudo.

Até agora, oito gerações principais foram identificadas. Aqui, para limitar o escopo de nosso artigo e facilitar a compreensão de cada uma, listamos as quatro últimas:

  1. Geração X, nascidos entre as décadas de 1960 e 1980.
  2. Geração Y, ou millennials, nascidos entre a segunda metade da década de 1980 e final dos anos 1990.
  3. Geração Z, ou nativos digitais, nascidos entre o início do novo milênio e o fim de sua primeira década.
  4. Geração Alpha: nascidos a partir de 2010.

Agora, vamos posicioná-las no contexto atual e examinar seu impacto nas instituições de ensino superior e no mercado de trabalho.

  • As novas gerações nas IES atualmente

As gerações que estão presentes no ensino superior hoje são a Y e a Z, embora ambas estejam em estágios distintos. Pensando cronologicamente, os millennials, em geral, estão na fase final da graduação, na pós ou no mercado de trabalho, enquanto os nativos digitais são seus calouros, embora alguns estejam ainda prestando vestibular.

Além dessas novas gerações, já temos a “geração Alpha” que diz respeito às crianças que estão ingressando na pré-escola e ensino básico agora. Eles representam o futuro próximo da humanidade e a presença deles será massiva nas instituições de ensino a partir do final da próxima década.

Um comparativo

Como você deve sentir no dia a dia, as necessidades dessas novas gerações são bem diferentes das da geração antecessora. Os millennials cresceram em um contexto bem diferente da geração X: mais globalizado e pacífico, menos polarizado e tradicional. Como consequência, a forma com que eles enxergam a vida e encaram expectativas é bem distinta.

Podemos dizer que eles trilham outros caminhos. De certa forma, os objetivos de um millennial e a forma inovadora/empreendedora com que ele pretende alcançá-los contrastam com a rigidez que cerceava os movimentos e iniciativas da geração X.

Os impactos das novas gerações nas Instituições de Ensino

Se a geração X valorizava a estabilidade de relações — pessoais e profissionais — construídas ao longo do tempo, a geração Y foca seu pensamento e esforço em inovação. Os millennials associam o vínculo de longa data, especialmente no trabalho, à estagnação.

Também não costumam executar tarefas nas quais não vejam uma lógica ou um sentido claro, não sendo, portanto, bons seguidores. De fato, é comum apresentarem resistência à hierarquia clássica.

Em geral, os millennials querem se comunicar e agir sem fronteiras, contribuindo de forma efetiva para a construção de algo impactante. Eles não se contentam apenas em fazer parte de uma instituição, eles querem ser parceiros, querem que sua opinião seja valorizada. Não é à toa que o termo “colaborador” tem, aos poucos, substituído “funcionário”.

Muito mais do que segurança e estabilidade, é isto que eles buscam: colaboração e valorização!

Trata-se, portanto, de uma geração que vê o ensino com um olhar crítico, que procura brechas para sugerir melhorias. Não costumam ser complacentes com erros e são especialmente avessos à burocracia paralisante tão característica das décadas passadas.

Resumindo: a geração Y é aquela que demanda valor e que entrega valor. Podemos dizer que eles são idealistas de carteirinha e, portanto, não lidam bem com frustrações mundanas — como falta de dinheiro, de oportunidades e de reconhecimento.

Se uma IES pretende captar e cativar esses estudantes, precisará achar alternativas para mantê-los engajados como participantes ativos das mudanças, e não apenas como espectadores.

Não se engane: os millennials esbanjam energia e vontade de “botar a mão na massa”; o problema é que nem sempre identificam os caminhos viáveis para concretizar esses desejos. Em parte, porque lhes falta o pragmatismo das gerações anteriores, e também porque tendem a viver em uma versão idealizada do mundo.

Os nativos digitais

Já os nativos digitais, geração Z, são adeptos a outra filosofia. Nem tão pragmáticos como a geração X, nem tão idealistas quanto os millennials, os integrantes da geração Z já nasceram em um mundo tecnológico e altamente conectado.

Pense desta forma: o trem da tecnologia já estava em velocidade total quando eles apareceram no cenário, então, precisaram correr para não ficar para trás. E essa característica talvez seja a mais marcante: eles são naturalmente acelerados. Para eles, tudo pode e deve ser feito on-line, com maior rapidez e agilidade.

Exacerbando uma característica da geração passada: os nativos digitais demandam valor. Portanto, sua relação com consumo, estudos e trabalho é diferente. Para se comunicar com esse público, é preciso ter pensamento digital.

É a geração que se preocupa com termos como “interface”, “usabilidade” e “conectividade”. De fato, segundo seu ponto de vista, o mundo real se confunde com o virtual, e a divisória entre eles se torna cada vez mais tênue.

A necessidade de mudança nas IES

Todas as características e aspectos do comportamento das duas gerações que estão nas universidades agora fazem com que as IES precisem se transformar para conseguir manter alunos e alavancar sua receita.

No que tange às expectativas, além da qualidade e do reconhecimento do curso, esses alunos desejam que um diferencial lhes seja entregue. Eles querem ser cativados, mas, para isso, precisam perceber que a IES está disposta a atuar como parceira na construção de seu futuro.

QUIZ - Preparado para atender alunos Millennials

Assim, eles buscam uma relação de reciprocidade, à qual as universidades devem corresponder. Estamos falando aqui de uma mudança de postura e percepção, de como a IES vê seu alunado e como se comunica com ele.

Se o que define esses alunos é “fazer parte das mudanças”, então é essencial, por exemplo, oferecer mecanismos que os auxiliem a concretizar suas ideias. Seja por meio de programas de estágio, de empresas juniores que aumentem sua vivência corporativa e empresarial, seja com suporte e direcionamento profissional; é importante que os millennials sintam que não estão sozinhos.

Esse tipo de cooperação é uma necessidade latente dessas gerações. Formar essa percepção e tomar uma postura proativa permitirá que sua instituição obtenha vantagens competitivas frente a concorrência. O ideal é conseguir explorar essa necessidade de forma relevante para você e construtiva para seu público-alvo.

Os profetas da comunicação

Já em relação aos nativos digitais, as mudanças estarão intimamente relacionadas ao emprego da tecnologia, do acesso cada vez mais irrestrito à informação e das distintas metodologias de ensino que estão surgindo.

A comunicação pelo meio virtual terá um peso maior, uma vez que o consumo de informações nesse ambiente também assume uma proporção nunca antes vista. A geração Z pode não ter a necessidade de valorização e cooperação, como a geração precedente, mas sua busca por conexão e pertencimento é tão intensa quanto.

Então, indague: o quão desobstruídos estão meus canais de comunicação? Qual é minha taxa de resposta nas redes sociais e o quão disposta minha IES está para tomar ações em relação às demandas externalizadas pelos estudantes? A instituição possui um ambiente de aprendizagem funcional? O quão automatizados estão os processos e fluxos?

Tais questionamentos serão a base de sua mudança!

O uso da tecnologia pelas IES

O uso da tecnologia em uma IES assume duas propostas básicas:

  • aplicabilidade no ensino;
  • aplicabilidade na gestão.

A proposta com aplicabilidade no ensino corresponde a tudo que é empregado para facilitar a aprendizagem dos discentes. São os recursos que dão nova roupagem a conhecimentos e materiais, as metodologias que revolucionam a relação professor-aluno na sala de aula dia após dia.

Essa proposta beneficia os alunos de forma direta.

Potencializada pelos novos recursos tecnológicos, os quais se tornam cada vez mais populares, a aprendizagem toma novas proporções. Sala de aula invertida, aprendizado por projetos, gamificação; essas são abordagens inovadoras que prometem otimizar o desempenho de estudantes ao redor do globo.

Em resumo, a tecnologia expande os horizontes de todos os atores de uma instituição de ensino: alunos; educadores; e gestores.

Como você pôde perceber, estamos cada vez mais nos distanciando daquele modelo arraigado — porém obsoleto para os tempos atuais — em que o professor meramente expõe o conteúdo e o aluno meramente absorve. Hoje, ambos constroem juntos o conhecimento; há uma certeza de que esse processo só funciona quando é mútuo.

E tudo isso parte de um esforço comunicativo, que busca substituir o convencional monólogo da aula expositiva por um diálogo significativo.

Por outro lado, a vertente da gestão corresponde à automatização de processos e fluxos, como emissão de boletos eletrônicos, negociação de dívidas, armazenamento de dados, geração de relatórios de performance, matrículas e rematrículas, monitoramento das taxas de reprovação, evasão e inadimplência.

Faltas, notas, atrasos; todos esses dados ficam concentrados em um só lugar e sua gestão é facilitada.

Essa vertente, portanto, também beneficia o aluno, porém de forma indireta. De fato, quando ela funciona bem, sem gargalos, o aluno nem lembra de sua existência.

Essa proposta é possibilitada em larga escala pelos softwares de gestão acadêmica. Esses mecanismos centralizam todas as informações e ações mencionadas no parágrafo anterior, resultando em economia de recursos.

Eles integram as diferentes áreas e equipes que compõem uma IES, fazendo com que a instituição funcione como um organismo conciso, evitando perda de informações e recursos.

O EAD e a transformação do presente

O EAD representou o começo de uma revolução na maneira como a educação e a capacitação profissional ocorriam. Antes feita pelos correios, agora pelos ambientes de aprendizagem, a educação remota tem tido um crescimento exponencial desde que foi instituída pela Lei 9.394 de 1996, também conhecida como Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

A própria expansão do ensino superior, fomentada pelos governos das últimas duas décadas por meio da democratização do acesso e da flexibilização na estrutura dos cursos, já representa uma enorme transformação. Cada vez mais os limites do “ensino convencional” são desafiados e as possibilidades de qualificação para jovens e adultos se multiplicam na forma de cursos técnicos, modalidades híbridas e pós-graduações.

Essa transformação, pautada em grande medida pela evolução tecnológica, não dá sinais de esfriamento.

A adaptação às novas gerações nas IES

Vamos aqui pensar da seguinte maneira: a educação não é um fenômeno engessado. Pelo contrário, ela está sempre se transformando.

Nenhuma das instituições pertencentes aos séculos anteriores teve a impressão de que poderia simplesmente relaxar, pois estava parada no tempo e nada mudaria. Todos, a todo momento na história da humanidade, tiveram a sensação de estar vivendo uma “época de transformação”.

E estavam certos: a humanidade, como o tempo, se modifica a cada instante!

Nesse contexto, falar de “adaptação” é irrelevante. Afinal, como você pode se adaptar a algo que está em constante mudança?

A resposta é: não pode. O fato é que se você pensar em “adaptação” nunca estará na mesma página que seus alunos, pelo contrário, estará sempre tentando alcançá-los. Em breve, um sentimento de cansaço o alcançará e impedirá novas iniciativas. Em vez de criar inovação, você estará criando entropia — energia não disponível e, portanto, inutilizável.

Então, extrapole a ideia de “se adaptar” e “seguir”, e faça com que sua instituição esteja na vanguarda da transformação, criando tendências comportamentais alinhadas aos interesses e necessidades das próximas gerações. Eduque seus alunos para além das lições acadêmicas: eduque para a vida!

Quer saber como? Veja a seguir.

8 dicas para encabeçar a transformação

Acompanhe, agora, oito dicas e ideias de como encabeçar as transformações dos próximos anos, sem ter de esperar que elas batam à sua porta. Assumindo uma postura proativa, você estará à frente e nunca precisará “se adaptar”.

1. Escute o que seus alunos têm a dizer

Conhecer o que o corpo estudantil de sua instituição pensa é fundamental. Do que eles sentem falta? O que modificariam se tivessem oportunidade? Há muitas maneiras de acessar o quão satisfeitos os estudantes estão com seus serviços, mas vá além. Procure descobrir quais são suas expectativas.

Compile as principais reivindicações e, a partir do momento de maturação de sua IES, trace planos para implementar essas ideias.

2. Estruture uma gestão horizontal

Tão importante quanto conhecer a mente dos estudantes, é conhecer seus colaboradores, entender seus desejos e inseguranças. Caminhe em direção a uma gestão horizontal, afinal de contas, é a equipe pedagógica que lida com a aprendizagem diariamente. Portanto, busque e valorize seus feedbacks, recorrendo a eles sempre que pensar em otimizar algum aspecto da IES.

Entenda seus colaboradores como o principal elo entre você e o alunado, então conte com eles para fazer essa intermediação.

3. Invista em capacitação do corpo docente

Esteja ciente de que as práticas pedagógicas mudam, se tornam mais ou menos eficientes ao longo do tempo. Portanto, garanta que seu corpo docente esteja alinhado a técnicas atualizadas e relevantes tanto nacional quanto internacionalmente.

Como? Investindo em capacitação e educação continuada.

4. Pesquise abordagens utilizadas em outros países

Além de conhecer a perspectiva de seus docentes, esteja atento às metodologias de ensino utilizadas em países que se destacam em educação, como Finlândia e Singapura. Descubra o segredo de seu sucesso, investigue e procure conhecer seus procedimentos, postura e abordagens.

No entanto, tenha em mente que nem tudo que é feito em outras regiões e culturas será imediatamente aplicável no Brasil. O que estamos sugerindo é que você se inspire nas melhores práticas para ter ideias inovadoras, prevendo os caminhos do futuro, especialmente no que diz respeito ao uso da tecnologia em sala de aula e às áreas em crescimento.

Aqui, traga sua equipe pedagógica e a incentive a pensar com você alternativas de ação a partir dessas ideias.

5. Não aja mecanicamente ao lidar com problemas

Sabe aquela resposta padrão a tudo que acontece na IES, especialmente em relação aos alunos? Abandone. É claro que deve haver protocolos para nortear sua ação, mas é essencial que haja também um grau de personalização.

Nenhum aluno da geração Y se sentirá abraçado e compreendido caso se depare com uma estratégia de resposta pré-fabricada em massa. Portanto, mantenha seus canais de comunicação humanizados e ativos para dialogar com eles e encontrar soluções adequadas aos seus entraves.

Uma dica: monte um time de Customer Success em sua IES, especificamente treinado para lidar com educação e garantir que os alunos estejam aproveitando todos os benefícios que a instituição tem a oferecer.

6. Em dúvida, escolha uma educação humanizada

Opte por abordagens que empoderem o aluno, que o levem a descobrir seu potencial e a aprender como canalizá-lo. Jamais o interprete apenas como uma matrícula; preze pela experiência que ele terá ao estudar em sua instituição.

Uma educação humanizada vê o aspecto coletivo e o individual, levando em conta indicadores de desempenho e relatórios quantitativos, mas também históricos de vida, contextos sociais e financeiros. Encontrar um equilíbrio entre os dois é a chave para caminhar na direção de uma educação humanizada e contemporânea.

7. Invista em projetos de impacto social

Esse item está completamente alinhado à educação humanizada que mencionamos anteriormente. Observe!

Se você acompanha as notícias sobre as relações entre o ser humano e o meio ambiente, deve saber que cada vez mais se buscam soluções sustentáveis para velhos dilemas. Por que não engajar seus alunos, e até a comunidade da qual sua IES faz parte, em projetos de impacto social que lidem com essas questões?

Fontes de energia renovável, dessalinização da água, projetos de urbanização e saneamento; há inúmeras frentes que precisam de ações urgentes, de curto, médio e longo prazo em nossa sociedade. Traga alunos e colaboradores para essa reflexão, promovendo eventos, projetos e iniciativas multidisciplinares.

Essa postura terá um impacto positivo sem precedentes nas gerações Y e Z!

8. Promova uma formação integral

Tenha em mente que, no momento em que vivemos, não basta que as instituições de ensino formem apenas profissionais.

Sabemos que as competências técnicas são valorizadas pelo mercado de trabalho somente quando estão associadas a sólidas competências comportamentais. Portanto, é essencial que seu aluno tenha oportunidades de desenvolver as soft skills, ou seja, empatia, habilidades de comunicação, de trabalho em equipe etc.

Além disso, não é suficiente para um recém-formado conhecer somente a teoria de sua profissão. Ele precisa ter sentido na prática o que os profissionais atuantes sentem. Nesse quesito, estágios, intercâmbios e os eventos e projetos sociais multidisciplinares são um diferencial significativo para sua IES.

A preparação necessária para lidar (e aprender) com o comportamento das novas gerações

Estamos chegando ao final deste artigo. Aqui, buscamos levar você a uma reflexão acerca das características das novas gerações que já estão nas IES ou que estão ingressando nelas agora; os millennials e os nativos digitais.

Nossa intenção foi debater como o comportamento das novas gerações impactam a realidade das IES no Brasil!

Vimos primeiramente como o conceito de “geração” foi estudado sistematicamente no século passado, gerando a classificação que conhecemos hoje. Dentro desse panorama, canalizamos nossa atenção às gerações Y e Z. Abordamos as principais características de cada uma delas, bem como o que elas esperam da educação, além de sua relação com a tecnologia.

Como você pôde perceber, o ser humano está sempre em processo de transformação e evolução. Nesse contexto, ter consciência desse movimento constante é a diferença entre seguir e liderar do ponto de vista da educação.

Por fim, listamos oito dicas para implementar em sua IES e deixar sua marca no mundo!

Fonte : Lyceum

 
 
 
 
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