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Nordeste se destaca em recuperação do consumo de serviços, aponta BC

Nordeste
Em gráfico do box, o BC indicou que o consumo de serviços às famílias no Nordeste já havia caminhado para o terreno positivo em setembro (Imagem: Pixabay)

O Banco Central apontou que o Nordeste é a região do país que se destaca na recuperação do consumo de serviços às famílias na comparação com o nível observado antes da pandemia de Covid-19, o que atribuiu ao possível impacto positivo do setor de turismo.

“Considerando a redução no número de beneficiários e no valor do Auxílio Emergencial, esse desempenho pode ter sido influenciado pela retomada do setor de turismo, em ritmo mais intenso do que o observado nas outras regiões”, disse o BC em box sobre o tema publicado nesta terça-feira.

O BC comparou apenas a performance das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, justificando que para as regiões Norte e Centro-Oeste não havia detalhamento da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que serviram de referencial para sua análise.

Em gráfico do box, o BC indicou que o consumo de serviços às famílias no Nordeste já havia caminhado para o terreno positivo em setembro na variação sobre fevereiro de 2020, enquanto permaneceu no vermelho no Sul e principalmente no Sudeste.

“Na margem, os efeitos já verificados da vacinação na atenuação da crise sanitária favorecem a volta à normalidade de atividades que dependem de maior interação social, contribuindo para a manutenção da retomada do setor de serviços às famílias no Nordeste e para o aumento do consumo desses serviços nas regiões Sudeste e Sul”, disse o BC.

Crédito

Em outro box também publicado nesta terça-feira, sobre crédito nas diferentes regiões, o BC apontou que houve maior ritmo de expansão do crédito na margem no trimestre encerrado em setembro frente aos dois trimestres anteriores, apesar do ciclo de aperto monetário, que aumenta o custo dos financiamentos, e do menor fôlego da retomada econômica.

Segundo o BC, isso ocorreu em especial “pelo dinamismo no segmento pessoa física”.

Ao fim de setembro, a taxa básica de juros estava em 6,25% ao ano, frente à mínima histórica de 2% que vigorou até março.

Diante da persistente inflação no país, o BC elevou os juros a 7,75% em outubro, indicando que deve subir novamente a Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro.

Analistas têm apontado a alta da taxa básica e o consequente encarecimento do crédito como uma das causas fundamentais para as expectativas de menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem.

Enquanto o Ministério da Economia calcula que haverá expansão de 2,1% da atividade, no boletim Focus mais recente a estimativa é de avanço de apenas 0,7%.

No box, o BC afirmou que a taxa de crescimento do crédito mais alta foi verificada na região Norte com alta de 8,8% entre famílias e 7,5% entre empresas na comparação com o trimestre anterior.

Mas o BC também chamou a atenção para Centro-Oeste e Sul, regiões beneficiadas pelo aumento das carteiras de financiamento rural. No Centro-Oeste, o aumento foi de 7,1% no crédito a pessoas físicas e de 4,0% para pessoas jurídicas, enquanto no Sul essas taxas foram de 7,0% e 5,6%, respectivamente.

Em relação ao crédito às pessoas jurídicas, o BC pontuou que a carteira com recursos direcionados em que há regulação do governo em relação aos juros praticados liderou o incremento de concessões.

“Regionalmente, o aumento do saldo de crédito às empresas no Sudeste, após recuo no trimestre anterior, foi determinante para a maior taxa de expansão do saldo agregado nacional”, afirmou.

O BC também avaliou que a inadimplência das carteiras de crédito seguiu reduzida, mesmo após o fim de carências que haviam sido concedidas em 2020 para dar um alívio a empresas e famílias em meio à pandemia de Covid-19.

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