De acordo com Carlos von Doellinger, o Pacto Federativo é fundamental para desatar o nó nas contas do setor público

Em entrevista publicada na edição desta terça-feira (19) pelo jornal Valor Econômico, o presidente do Ipea, Carlos von Doellinger, disse acreditar que o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil traz perspectivas melhores para a economia neste ano. Ele projeta um crescimento do produto interno bruto (PIB) entre 3,5% e 4% - em dezembro, a Carta de Conjuntura do Ipea também estimou uma expansão da ordem de 4%. No entanto, para o presidente, esse desempenho mais otimista está vinculado à concretização do cronograma de vacinação contra o novo coronavírus no país.

“Eu vejo realmente uma luz no fim do túnel que não é de uma locomotiva no sentido contrário. Ao longo do ano, acredito que a tendência é de que a economia possa reagir”, disse Von Doellinger. Entre as reformas mais importantes para permitir e sustentar essa reação, ele mencionou o Pacto Federativo: “Temos que agir cirurgicamente é no ajuste do setor público, principalmente nas medidas que foram anunciadas em dezembro de 2019. São os “três D”: desindexação, desvinculação e desobrigação”.

Após comentar o fechamento de fábricas da Ford no Brasil, o presidente do Ipea ressaltou que o país precisa apostar em suas vantagens comparativas e competitivas, seguindo o exemplo de nações como a Austrália. “Hoje, temos vantagens comparativas naturais de recursos em áreas cultivadas. Nós temos abundância de áreas a serem cultivadas, temos um agro muito forte, temos mineração, energia, podemos ser grandes exportadores. Podemos também investir e melhorar nossa produtividade, sem dúvida; reduzir o custo Brasil, sem dúvida. Temos dever de casa muito grande”, concluiu.

Acesse a entrevista na íntegra (jornal Valor Econômico)

Assessoria de Imprensa e Comunicação