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Benefício do Bolsa Família sustenta 38% da população alagoana, aponta Ministério

Alagoas perde, apenas, para cinco estados do país; coordenadora do programa diz que índice reflete realidade

 Por Jobison Barros, com agências

Dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) apontam que 38% da população alagoana depende do Bolsa Família. Com este índice, o estado ocupa o sexto lugar no ranking nacional. No Brasil, por sua vez, 21% da população vive com os benefícios do programa. 

De acordo com o mapa estatístico divulgado pelo Governo Federal, nas Regiões Norte e Nordeste, percebe-se que o estado do Maranhão ocupa a primeira posição (48% dos moradores são amparados pelo benefício), seguido pelos estados do Acre e Piauí (ambos com 43%). 

Em seguida, o mapa mostra que as unidades do Pará e Paraíba perfazem 39%. Por sua vez, o sexto lugar fica com Alagoas (38%), seguido por Amazonas, Bahia e Ceará (todos com 37%) e Sergipe e Pernambuco (ambos com 36%).

Por telefone, a coordenadora do Programa Bolsa Família em Alagoas, Maria José Cardoso, comentou que o resultado do levantamento nacional não é surpresa, pois reflete a realidade do estado, onde 409 mil famílias receberam a bolsa em janeiro deste ano e cuja população ainda depende da monocultura da cana-de-açúcar. Ela lembrou que Alagoas ainda ostenta os piores índices de desenvolvimento humano.

"Não é algo novo. Infelizmente, é grande o desemprego no nosso estado, e tais números refletem este cenário. Avalio que o percentual está dentro do previsto, inclusive, pensava que fosse até maior. Por outro lado, a distribuição dos recursos aquece a economia", destacou a coordenadora, citando a necessidade da otimização de políticas públicas voltadas à educação. 

CENÁRIO NACIONAL 

O Ministério do Desenvolvimento Social revela que os beneficiários do Bolsa Família representam mais de um terço da população de 11 estados brasileiros, todos das Regiões Norte e Nordeste. No Brasil, 21% da população vive com os benefícios do programa. 

O cálculo chega ao número de beneficiários a partir do tamanho das famílias inscritas no programa. Em seguida, o ministério calcula quanto isso representa na população do município a partir das estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são referentes a dezembro de 2017. Por serem baseados em estimativa do IBGE, o percentual pode diferir da realidade, já que o último Censo foi realizado em 2010.

Para fazer parte do programa, é necessário ter a renda mensal por pessoa da família de até R$ 185. O Bolsa família repassa entre R$ 39 e R$ 372 para os inscritos no programa, a depender do número de filhos do beneficiário. Os valores repassados, apesar de pequenos, acabam significando parte importante da economia dos municípios mais pobres do Brasil. Os valores repassados pelo programa representam mais de 6% do PIB local para 579 municípios.

Para o secretário-executivo do MDS, Alberto Beltrame, "o programa gera um círculo virtuoso de desenvolvimento na economia local", porque "estimula a economia, melhora a renda e os indicadores sociais como um todo". Os dados do ministério indicam uma taxa de crescimento maior no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para as cidades com mais inscritos no Bolsa Família em relação ao total.

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