
Os investidores se preparam para encarar uma semana agitada. Nos próximos dias, acontecem as tão aguardadas reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Também haverá decisão sobre juros no Reino Unido e no Japão. Mesmo passando por um arrefecimento, que muitos analistas classificam como pontual, a inflação global continua forte e dando trabalho para os Bancos Centrais. O aperto deve continuar intenso e aumenta preocupações sobre uma recessão.
Na terça-feira (20), o Banco Central brasileiro dará início à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o sexto encontro do ano. A principal dúvida é se os juros vão parar de subir agora ou se ainda haverá uma última alta de 25 pontos-base, interrompendo um ciclo de elevação da taxa que começou em março do ano passado. De lá para cá, o Copom subiu os juros por 12 vezes consecutivas e a Selic, que estava em 2%, passou a 13,7%.
O Itaú acredita que o BC deve indicar o fim do ciclo de aperto monetário, mantendo os juros como estão. “Acreditamos que o cenário da inflação para o horizonte relevante de política monetária melhorou marginalmente”, diz a análise do economista Mario Mesquita.
“Em nossa visão, as autoridades devem sinalizar que as perspectivas para a economia ainda carecem de uma política monetária contracionista e postura vigilante, antecipando estabilidade para a Selic na próxima reunião”, complementa Mesquita. O Itaú avalia que o ritmo de desinflação no Brasil vai ser lento, demandando juros altos por mais tempo.
“Com a expectativa de manutenção da taxa Selic, os mercados devem monitorar o comunicado da decisão e o tom adotado para pensar os próximos passos do BC”, diz análise do Bradesco.
Fonte : Infomoney