O Ibovespa fechou em queda de 0,62% nesta terça-feira (26), ficando em 99.646 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou, majoritariamente, a movimentação das bolsas internacionais.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones foi o benchmark que menos recuou, caindo 0,72%. S&P 500 e Nasdaq, por sua vez, tiveram baixas de, respectivamente, 1,16% e 1,87%.
“Hoje tivemos um pregão mais pesado. Nos Estados Unidos, as bolsas foram puxadas para baixo pelo setor de varejo, após o Walmart diminuir sua projeção para o segundo trimestre”, comenta Naio Ino, gestor de renda variável da Western Asset. “Além disso, tivemos por lá dados de venda de casas novas mais fracos. Tudo isso não ajuda”, completa.
A perspectiva de menor crescimento econômico chegou a dar algum espaço para uma queda dos treasuries yields no longo prazo – o título com vencimento em dez anos teve sua taxa caindo 1,3 ponto-base. Na ponta curta, porém, o título para dois anos viu sua taxa avançar 2,6 pontos, para 3,061%.
“O mercado de juros ameaçou melhorar pela manhã no cenário internacional. Tivemos fechamento de taxa de juros nos EUA e na Europa, com dados mais fracos de crescimento e também pela questão do gás natural no Velho Continente, que ameaça o crescimento econômico”, diz Dan Kawa, gestor da TAG Investimentos. “Acabou, no entanto, que as taxas lá fora começaram a abrir de novo durante a tarde, com posição de cautela pelo Federal Reserve”.
Amanhã, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) decide a nova fed funds – com o mercado, majoritariamente, esperando uma alta de 0,75 ponto percentual.
Segundo Kawa, a curva de juros do Brasil acompanhou em parte a movimentação vista no exterior mas, também, foi influenciada pela análise do IPCA-15, após uma análise mais estruturada. “O número cheio veio abaixo das expectativas, mas no qualitativo foi negativo. Os núcleos vieram ainda altos, bem como a difusão e a inflação de serviços. Isso, em um nível de taxa de juros como estamos, preocupa”, explica.
Fonte : Infomoney