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Relatório Focus: projeção para a inflação deste ano sobe pela 11ª semana seguida

A mediana das estimativas para o IPCA deste ano avançou pela décima primeira semana consecutiva no Relatório Focus — para 6,86% neste ano —, apontam os dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (28). O mercado também elevou as projeções para o índice de inflação oficial do Brasil de 2023 e 2024.

Com isso, a expectativa das instituições financeiras para a inflação de 2022 já é quase o dobro da meta do BC, que é de 3,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual (ou seja: a meta será cumprida em 2022 se o IPCA ficar entre 2% a 5%).

As projeções também estão acima do centro da meta nos próximos dois anos. O mercado projeta um IPCA de 3,80% em 2023 (contra uma meta de 3,25% do BC) e de 3,20% em 2024 (contra uma meta de 3,00%), um sinal de desancoragem de expectativas.

O Relatório Focus é um levantamento coletado semanalmente pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. Pela segunda semana consecutiva, a sua divulgação atrasou devido à operação-padrão dos servidores do BC, que querem reajuste salarial de 26,3% e a reestruturação da carreira.

As previsões para o câmbio deste ano e do próximo diminuíram (US$ 1 = R$ 5,25 em 2022 e R$ 5,20 em 2023), e houve estabilidade na expectativa para a Selic (taxa básica da economia brasileira) e para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano e de 2023, 2024 e 2025.

Apesar da estabilidade na previsão para a Selic de 2022 (13%) e 2024 (9%), ela está acima da estimativa do BC divulgada na ata do Copom e no relatório trimestral de inflação, na semana passada (12,75% e 8,75%, respectivamente).

Para 2024 e 2025, as projeções para o dólar permaneceram as mesmas.

Expectativas do mercado para 2022:

  • IPCA: alta de 6,59% para 6,86% (11ª semana seguida de alta)
  • Selic: estável em 13,00%
  • PIB: estável em 0,50%
  • Dólar: queda de R$ 5,30 para R$ 5,25
  • Meta de inflação

    O objetivo a ser perseguido pelo Banco Central é que a inflação fique em 3,5% neste ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual, mas é cada vez mais improvável que isso ocorra.

    Caso o BC não consiga cumpri-la, será o segundo ano consecutivo que isso ocorre — em 2021 o IPCA ficou em 10,06% (quase o triplo da meta).

    Fonte : Infomoney

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