Topo

IGP-M: O que é e como é calculada a chamada inflação do aluguel?

Entenda como o IGP-M é calculado, o que ele reflete e qual pode ser o seu impacto no seu bolso e nos seus investimentos

Investidores iniciantes podem sentir confusão ao se deparar com a quantidade de siglas usadas no mercado financeiro. Algumas delas são nomes de ativos. É o caso de CDB, LCI, CRA. Já outras fazem referência a indicadores, como CDI, IPCA e, claro, IGP-M.

O IGP-M, sigla para Índice Geral de Preços – Mercado, é calculado e divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV) e era usado como indexador em contratos de aluguel, daí vem seu apelido de inflação do aluguel.

 

O que é IGP-M?

IGP-M significa Índice Geral de Preços – Mercado. Ele compõe uma “família” de índices criada no final dos anos 1940 para medir a movimentação dos preços no país em diferentes atividades – e em etapas distintas do processo produtivo.

Dessa forma, o IGP poderia ser usado como um indicador do nível de atividade econômica abrangendo desde o custo de materiais, equipamentos e mão de obra até gastos com alimentação, transporte e recreação sob o ponto de vista dos produtores e dos consumidores.

Como o IGP-M é calculado?

O IGP-M é calculado a partir de outros três índices de preços, cada um com um peso diferente: o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que corresponde a 60% do cálculo do IGP-M, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), com 10%.

Índice de preços ao Produtor Amplo (IPA)

O IPA foi criado em 1947 e levava o nome de Índice de Preços por Atacado. A partir de abril de 2010, contudo, seu nome mudou: saiu “atacado” e entrou “amplo”. Sua função, contudo, permaneceu a mesma: registrar as variações de preços de produtos agropecuários e industriais em comercializações que acontecem antes da venda ao consumidor final.

O IPA também é calculado pela FGV.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

O IPC, também medido pela FGV é usado, principalmente para avaliação do poder de compra do consumidor. O indicador mede a variação de um conjunto fixo de bens e serviços que, normalmente, fazem parte da rotina de famílias brasileiras com renda média mensal entre 1 e 33 salários mínimos.

A pesquisa de preços que gera este índice é feita diariamente em sete capitais do Brasil: Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Os bens e serviços que integram a amostra foram classificados em oito classes de despesas, 25 subgrupos, 85 itens e 338 subitens. As classes de despesas são: alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transportes, despesas diversas e comunicação.

No sistema de apuração do IPC há um conjunto de indicadores específicos como o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade, o IPC-3i, que mede a variação de preços de produtos e serviços consumidos por famílias compostas, principalmente, por pessoas com mais de 60 anos.

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)

O INCC, veja só, também é calculado pela FGV. Divulgado com periodicidade mensal, este indicador serve para acompanhar a evolução dos preços de materiais, serviços e mão de obra mais relevantes para a construção civil.

Este foi o primeiro índice deste tipo e, quando foi criado, na década de 1950, limitava sua abrangência à cidade do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, contudo, passou a ser calculado com base na evolução do custo da construção civil nas mesmas sete capitais brasileiras onde são colhidos os dados para o cálculo do IPC.

Como o setor de construção civil passa por frequentes inovações em materiais, técnicas e ferramental, este índice passa por ciclos de revisões metodológicas para se manter fiel à realidade brasileira.

Fonte : Infomoney

Tags:

FENECON - Federação Nacional dos Economistas  
Rua Marechal Deodoro, nº 503, sala 505 - Curitiba - PR  |  Cep : 80.020-320
Telefone: (41) 3014 6031 e (41) 3019- 5539 | atendimento: de 13 às 18 horas | trevisan07@gmail.com e sindecon.pr@sindecon-pr.com.br