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Petrobras quer aumentar produção com melhora de eficiência; analistas veem movimento como positivo

Petrobras
Letreiro da Petrobras

A Petrobras (PETR3PETR4) informou que pretende aumentar sua produção em seus principais campos viabilizando até 20 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) até 2030.

Batizada de RES20, a iniciativa foi criada pela empresa com o objetivo de incorporar novas reservas em ativos já em fase operacional. A estatal prevê investimentos de US$ 2,5 bilhões até 2026 para cumprir este objetivo.

Na avaliação da casa de análise Levante Investimentos, a notícia é positiva para a petroleira. Os impactos, contudo, deverão surgir apenas no longo prazo, destaca.

 

Segundo os analistas, caso a companhia consiga atingir seu objetivo de 20 bilhões de boe adicionais até 2030, terá excedido quase a totalidade dos 23 bilhões de boe produzidos na história da empresa, que data em torno de 70 anos.

“Apesar de os 20 bilhões considerarem também a parcela de seus sócios nos campos operados pela estatal, tal número é muito relevante. Além disso, se trata de um projeto sem risco exploratório e com baixo risco de execução, visto que projetos similares já são amplamente utilizados no mundo, ou seja, baixo risco e alto retorno”, escrevem os analistas da Levante.

O time de análise lembra que no Brasil, petroleiras menores, caso de 3R Petroleum (RRRP3) e PetroRio (PRIO3), possuem como modelo de negócio justamente adquirir campos maduros da Petrobras e aumentar seu fator de recuperação, estendendo a vida útil dos ativos e aumentando sua produção.

O movimento anunciado pela Petrobras também é visto com bons olhos pelo Bradesco BBI. Na visão dos analistas, o plano poderia levar a um aumento nas reservas que precisariam ser produzidas o mais rápido possível devido ao futuro incerto do petróleo.

“A boa notícia é que os investimentos para incorporar reservas marginais devem ser materialmente menores do que para desenvolver novas áreas”, escrevem. Os analistas do banco têm recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ativos PN da petroleira, com preço-alvo de R$ 32, ou potencial de valorização de 9,6% em relação ao fechamento da véspera.

De acordo com compilação feita pela Refinitiv, de onze casas que cobrem o papel, dez recomendam compra e uma tem recomendação de manutenção, com preço-alvo médio de R$ 34,87, ou alta de 19,4%.

 

Nesta quarta-feira (5), os papéis PETR3 tinham queda de 0,5% por volta das 12h25 (horário de Brasília), negociados a R$ 31,72. Já as ações preferenciais recuavam 0,96% na B3, a R$ 28,92.

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