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Criminosos roubam celulares e limpam contas bancárias: como se proteger do novo golpe?

 

SÃO PAULO – Ione Macedo, analista de formalização e recebíveis, de São Paulo, estava indo embora do trabalho quando foi furtada. Cerca de uma hora depois, percebeu que sua conta no PicPay tinha sido zerada.

“Estava na porta do prédio em que trabalho aguardando o Uber. Quando ele chegou, levantei o celular para conferir a placa, veio um rapaz de bicicleta e tomou o aparelho da minha mão. Ele estava desbloqueado. Em casa, abri o e-mail e tinha uma notificação de que tinham feito um Pix e roubado todo o saldo que eu tinha em conta: cerca de R$ 11 mil”, diz.

A analista ficou surpresa quando viu que sua conta bancária tinha sido afetada, uma vez que era necessário o reconhecimento facial para acessar e realizar transações. Mas o caso dela não foi o único. O Procon-SP tomou conhecimento de golpes como esse recentemente e já notificou algumas empresas.

 

“Ainda não há muitos dados, mas sabemos que os roubos de celulares aumentaram bastante no último mês. Criou-se um mercado ilícito para esse tipo de golpe”, explica Fernando Capez, diretor do Procon-SP, entidade que defende os direitos dos consumidores.

O Procon-SP notificou as empresas Motorola, Samsung e Apple pedindo explicações sobre dispositivos de segurança disponíveis em cada aparelho para desbloqueio e acesso às informações. “O pedido se deve considerando notícias de que quadrilhas têm roubado celulares com o intuito de acessar aplicativos de bancos instalados no aparelho e fazer transferências indevidas na conta bancária da vítima”, diz a nota.

As empresas deverão apresentar uma lista de informações a fim de comprovar a segurança dos dispositivos e devem se posicionar até o dia 22 de junho.

A Secretaria de Segurança Pública de SP (SSP) só tem dados até abril deste ano. No caso de roubo de celulares, os patamares se mantêm estáveis desde janeiro. Porém, ligeiramente acima da média observada em 2020. Veja:

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