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Ibovespa fecha em queda pressionado por exterior; dólar cai a R$ 5,57 repercutindo Copom

baixa gráfico índice

SÃO PAULO – O Ibovespa encerrou esta quinta-feira (18) em queda, seguindo o pessimismo nas bolsas americanas. Em Wall Street, os índices de ações despencaram puxados pelas ações de empresas de alta tecnologia, em meio ao avanço de 10 pontos-base nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em 10 anos, que atingiram 1,72% ao ano.

Benchmark das techs, o Nasdaq caiu 3,02%, enquanto os índices S&P 500 e Dow Jones recuaram 1,48% e 0,46% respectivamente. Vale lembrar que o aumento nos juros dos treasuries prejudica principalmente empresas menos cíclicas e com fluxo de caixa mais longo, como é o caso das empresas de tecnologia.

Ontem, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manteve a taxa de juros entre 0% e 0,25%, sinalizando que esse patamar irá continuar até pelo menos 2023. Os membros do Federal Reserve ainda revisaram para cima suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2021 de crescimento de 4,2% para 6,5%.

 

Em discurso após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, ressaltou que o banco central quer ver a inflação consistentemente acima da meta de 2% e sinais de melhora no mercado de trabalho dos EUA antes de considerar mudanças nas taxas ou em sua política de compra mensal de títulos, atualmente em US$ 120 bilhões por mês.

No entanto, Powell não falou sobre o rali nos treasuries, mostrando pouca preocupação nesta seara. Foi a deixa para especulações em torno desses títulos, considerados os mais seguros do mundo.

Ainda no radar internacional, o petróleo despencou mais de 8% devido a um dólar mais forte, um aumento adicional nos estoques da commodity e de combustíveis nos Estados Unidos e também com o noticiário sobre a Covid-19. O barril do Brent – usado como referência pela Petrobras – desvalorizou-se em 8,56% a US$ 62,18, enquanto o barril do WTI caiu 8,75% a US$ 58,94.

Por aqui, os investidores digeriram a decisão surpreendente do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 0,75 ponto percentual para 2,75% ao ano apontando ainda para mais um aumento de igual magnitude na próxima reunião.

A expectativa dos economistas era de um aperto menor, de 0,5 p.p. na taxa básica de juros, de modo que a sinalização do Banco Central foi inequivocamente hawkish (favorável a usar a política monetária para combater a inflação).

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