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Ibovespa fecha em alta impulsionado por PEC Emergencial e pacote dos EUA; dólar cai 2,5% e vai a R$ 5,65

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (10), sessão de forte volatilidade na qual variou entre queda de 1,20% e alta de mais de 1,2%.

No final, dois dos cinco fatores que os investidores acompanhavam de perto acabaram se sobressaindo. A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial em primeiro turno na Câmara dos Deputados, com rejeição de alguns dos destaques que reduziam a potência fiscal do projeto, e a confirmação pela Câmara de Representantes dos Estados Unidos do pacote de US$ 1,9 trilhão em estímulos contra os impactos econômicos do coronavírus.

O Ibovespa teve alta de 1,3%, a 112.776 pontos com volume financeiro negociado de R$ 40,07 bilhões.

 

Enquanto isso, o dólar comercial fechou em queda de 2,5% a R$ 5,6516 na compra e a R$ 5,6526 na venda. Já o dólar futuro com vencimento em abril registra perdas de 2,19% a R$ 5,679.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu cinco pontos-base a 4,05%, o DI para janeiro de 2023 teve alta de seis pontos-base a 5,83%, o DI para janeiro de 2025 avançou quatro pontos-base a 7,39% e o DI para janeiro de 2027 registraram variação negativa de um ponto-base a 7,98%.

Os investidores também repercutiram o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o dado de inflação dos Estados Unidos e a queda das ações de exportadoras. Confira quais foram os cinco fatores que movimentaram a Bolsa hoje.

PEC Emergencial

A PEC Emergencial foi aprovada ontem à noite com 341 votos a favor e 121 contra, notícia que animou o mercado, mas o dia não passou sem preocupações.

Um destaque do PDT que retirou da PEC Emergencial a previsão de desvinculação de fundos orçamentários foi aprovado porque o governo não conseguiu os 308 votos necessários para derrubá-lo: foram 302 contra e 178 a favor. Cabe interpretação agora sobre se seria necessário levar o texto de volta ao Senado por conta da alteração.

Depois disso, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), anunciou em plenário a construção de um acordo para permitir a progressão de carreira e promoção de todas as categorias do funcionalismo público de todos os entes da federação.

 

O movimento representou uma nova desidratação no texto e ocorreu porque o governo temia ser derrotado na votação destaque apresentado pelo PT, que retirava da proposta o artigo que trata de gatilhos para a União, estados e municípios em momentos de calamidade pública. O destaque, após o acordo, foi rejeitado, conforme queria o governo.

Outros destaques que retirariam a força fiscal do projeto também foram rejeitados, como o que foi apresentado pela oposição para suprimir limite de R$ 44 bilhões para auxílio emergencial.

Agora, pelo que foi decidido na Câmara, um novo destaque supressivo deverá ser apresentado no segundo turno de votação da PEC, promovendo as modificações negociadas.

O relator da proposta, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), fez um apelo aos parlamentares para modificarem suas posições, evitando “estrago maior”, e detalhou os termos do acordo, que envolverá a retirada de três trechos de seu parecer.

“Reitero apelo feito pelo líder do governo de que, neste destaque, sejam reconsiderados alguns votos de alguns deputados, pois o governo entende que vai abrir mão, mesmo prejudicando, de forma substancial, algumas questões desta PEC”, disse.

Segundo ele, a retirada de trechos do texto acordada “vai permitir a todas as categorias” progressões de carreira e promoções. Por se tratar de destaques supressivos, o deputado argumentou que a proposta não sofreria atrasos e não precisaria ser novamente votada pelo Senado.

Aprovação de pacote de Biden

A Câmara dos Representantes aprovou a versão final do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão proposto pelo governo americano. Foi a primeira vitória legislativa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que assumiu o cargo em 20 de janeiro. De acordo com a Casa Branca, o democrata assinará a legislação nesta sexta-feira, 12.

A proposta de estímulos já havia sido aprovada na Câmara no final de fevereiro, mas voltou para análise dos deputados após sofrer alterações no Senado. Hoje, a legislação passou com 220 votos favoráveis e 211 contrários. Nenhum republicano votou a favor da aprovação da lei, enquanto apenas um democrata votou contra.

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