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Crise ou exagero? O que você precisa saber sobre o coronavírus

De ruído distante, o coronavírus passou ao centro das atenções dos investidores em todo o globo. Ontem, dia em que a OMS elevou o grau de risco internacional da doença, praças ao redor do planeta registram fortes perdas. 

No Brasil, o Ibovespa fechou em queda de 3,3%, anulando os ganhos no ano, aos 114,5 mil pontos. Foi o maior recuo do índice em 10 meses. Em Nova York, o S&P 500 caiu 1,57%. O DAX, de Frankfurt, perdeu 2,74%, e o FTSE-100, de Londres, 2,29%. 

O coronavírus já fez mais de 80 vítimas e infectou quase 3 mil pessoas. E os efeitos econômicos da doença ainda estão sendo estimados. 

Epicentro da doença, a cidade chinesa de Wuhan, que tem 11 milhões de habitantes, foi bloqueada para tentar conter a propagação do vírus. Ela é considerada um centro importante de logística e produção industrial na região central da China. A cidade abriga mais de 500 fábricas, muitas delas de empresas americanas, japonesas e europeias. Entre os nomes estão PepsiCo e Siemens. 

Quedas foram exageradas?

Uma série de instituições financeiras está avaliando se as reações ao coronavírus foram excessivamente negativas. Por ora, as indicações têm sido cautelosas, mas sem um tom pessimista com relação ao mercado.

A equipe de análise do Morgan Stanley decidiu não alterar a visão positiva para ativos de risco de mercados emergentes por causa do vírus. 

Os estrategistas do JPMorgan Chase foram mais longe e disseram que a volatilidade recente pode representar uma oportunidade de compra. Eles acrescentaram que, no passado, quanto mais as ações caíam puxadas por temores semelhantes, mais se recuperavam posteriormente. 

Já o Danske Bank estimou que o surto desacelere a economia chinesa em 0,8 ponto porcentual no primeiro semestre e a Capital Economics antecipou “impacto significativo” no PIB do primeiro trimestre da China.

As sessões desta terça-feira vêm reduzindo o estrago da véspera. Por volta das 11h45, horário de Brasília, o Ibovespa subia 0,8% e o S&P 500 tinha alta de 0,5%.

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