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Os melhores investimentos de setembro

Quem pensou que a Bolsa brasileira já estava cara, que os títulos públicos não tinham mais espaço para valorizações expressivas e que o dólar tinha alcançado seu preço máximo se deparou com uma bela surpresa em setembro.

Isso porque as três classes de ativos mencionadas encerraram o mês em alta, desafiando algumas projeções e adicionando emoção nos mercados.

Desempenho dos investimentos em setembro
Ativo Rentabilidade em
setembro
Rentabilidade
em 2019
Rentabilidade
em 12 meses
       
CDI 0,46% 4,66% 6,27%
Poupança 0,34% 3,34% 4,49%
IMA-B 2,86% 19,55% 31,37%
IRF-M 1,44% 9,99% 16,83%
Dólar 0,63% 7,47% 4,01%
Euro -0,13% 2,33% -2,41%
Ouro -3,86% 28,95% 32,47%
Ibovespa 3,57% 19,18% 32,02%
Idiv 1,89% 27,02% 52,83%
Ifix 1,04% 14,15% 25,74%
Fonte: Economatica

Destaque do período, o Ibovespa subiu 3,6% e ficou pouco abaixo dos 105 mil pontos, na quinta alta em seis meses. Um contexto de queda mais forte dos juros no Brasil dá sustentação para o ânimo dos investidores com o mercado de ações e, nos últimos 30 dias, o mercado teve uma trégua da guerra comercial entre Estados Unidos e China – principalmente com a oficialização da viagem de negociadores chineses a Washington para outubro.

Com o desempenho do mês, a Bolsa acumula alta de 19,2%, em 2019, e de nada menos que 32%, nos últimos 12 meses.

Na renda fixa, depois da queda vista em agosto, quando o mercado imaginava que o espaço para apreciação adicional parecia ter se esgotado, os títulos públicos reagiram em setembro.

No mês, todos os papéis disponíveis para compra no Tesouro (com exceção do Tesouro Selic, que não foi considerado no levantamento) registraram aumento dos preços, isto é, uma queda das taxas, e um deles ainda conseguiu superar o desempenho do Ibovespa no período.

O Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045 teve valorização de 4,4%, em setembro, retorno de 53%, no acumulado do ano, e de 96%, em 12 meses. Portanto, se um investidor resgatasse hoje uma aplicação feita um ano atrás, receberia o dobro do total investido (em termos brutos, sem considerar o Imposto  de Renda). A alta é bastante expressiva, mas a decisão de venda precisa ser acompanhada da seguinte reflexão: onde aplicar o dinheiro resgatado hoje?

Por fim, no mercado cambial, a alta do dólar não deu trégua. Mesmo depois de a moeda americana disparar em agosto, quando teve apreciação de quase 10% em relação ao real, ela subiu 0,63%, em setembro. E tudo indica que, tão cedo, não haverá espaço para uma queda significativa do dólar, conforme apuramos com gestores e analistas com foco em câmbio.

Confira o desempenho completo dos títulos públicos em setembro e as maiores altas e quedas da Bolsa nas matérias a seguir: 

Beatriz Cutait, editora do InfoMoney

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