A Caixa Econômica Federal foi a instituição financeira que mais recebeu reclamações de clientes consideradas procedentes pelo Banco Central no primeiro trimestre deste ano, informou a instituição nesta segunda-feira (16).
A lista leva em consideração as queixas contra instituições financeiras com mais de quatro milhões de clientes. No quarto trimestre do ano passado, entre outubro e dezembro, o Santander foi o banco com mais reclamações e a Caixa ficou em segundo lugar.
O levantamento, no primeiro trimestre deste ano, considerou procedentes 2.444 queixas contra a Caixa, a maior parte delas relacionada a "irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços, exceto as relacionadas a cartão de crédito, cartão de débito, internet banking e ATM (caixa eletrônico)".
A Caixa Econômica Federal tem mais de 88 milhões de clientes e alcançou índice de reclamações de 27,62. Para obter o índice, o BC divide o número de reclamações pelo de clientes do banco e multiplica o valor por 1 milhão. O órgão criou a fórmula para equilibrar as queixas em relação ao tamanho da instituição financeira.
Neste mais recente levantamento, que considera o período de janeiro a março deste ano, a conglomerado Santander foi a segunda instituição financeira com mais queixas consideradas procedentes pelo BC; o Banco do Brasil aparece na terceira colocação.
O Santander teve 1.038 queixas procedentes e um índice de reclamações de 25,66. O banco possui mais de 40 milhões de clientes. Já o Banco do Brasil, terceiro colocado, recebeu 1.504 queixas e alcançou um índice de 24,20, pois tem 62,14 milhões de clientes. Os conglomerados Bradesco e Itaú apareceram em quarto e quinto lugares, respectivamente.
Em nota, o Santander informou que "trabalha continuamente na melhoria dos seus processos, ofertas e atendimento, tornando-os mais simples e ágeis para garantir a satisfação dos consumidores com o canco."
O Santander diz ainda que obteve "uma redução de 38% nas reclamações registradas" pelo Banco Central no primeitro trimestre de 2018. "Avançaremos nesse esforço para reduzir ainda mais", completa a nota.
Já o Banco do Brasil apontou que houve redução no número de reclamações em relação ao trimestre anterior e informou que "vem implementando um conjunto de ações que permitirá ao banco retornar ao seu nível histórico nesse ranking, ou seja, fora dos quatro primeiros colocados."
De acordo com o BB, entre as ações estão "o aprimoramento do atendimento em sua rede de dependências e o investimento em tecnologias que oferecem aos cidadãos a possibilidade de ter suas demandas atendidas de forma mais ágil e fácil, sem a necessidade de se deslocar até uma agência."
O Bradesco informou, também em nota, que "desenvolve um programa intensivo de revisão de processos e sistemas, aliado ao desenvolvimento de programas de formação e aperfeiçoamento do quadro de funcionários da sua extensa rede de agências" e que "cada um dos registros dos clientes é cuidadosamente avaliado e todas as medidas necessárias para adequar os processos, se necessário, e reestabelecer o relacionamento são adotadas imediatamente."
"O objetivo do Bradesco é atender a todos os clientes e usuários com qualidade, eficiência e segurança", disse o banco na nota.
O Itaú informou que a posição do banco no ranking "demonstra que estamos no caminho certo." A nota do Itaú diz ainda que "o cliente está no centro da nossa proposta de valor". "Estamos focados na satisfação dos nossos clientes e utilizamos as manifestações encaminhadas para aprimorar nossos serviços e aumentar a eficácia dos nossos canais internos."
O G1 procurou a assessoria da Caixa e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.