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Imposto de Renda 2018: Vale a pena antecipar a restituição? Veja as taxas cobradas pelos bancos

Quem tem Imposto de Renda a restituir vai receber os valores entre os meses de junho e dezembro de 2018 – desde que o contribuinte não caia na malha fina da Receita Federal.

Para quem tem pressa, os bancos costumam oferecer a antecipação da restituição, o que na verdade é um empréstimo que envolve o pagamento de juros. O prazo de entrega do IR 201 vai até 30 de abril.

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Caso o contribuinte caia na malha fina, receberá o dinheiro restituído apenas após regularizar a sua situação com a Receita. Até lá, terá de pagar os juros cobrados pelo banco.

O G1 consultou os principais bancos do país sobre as taxas cobradas, valores antecipados e prazo de pagamento. Todas as instituições exigem a indicação da conta corrente do banco para receber o dinheiro. Veja abaixo.

 

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Prós e contras

O educador financeiro Reinaldo Domingos considera que a antecipação só é vantajosa para quem realmente precisa do dinheiro.

“Para quem está endividado e pagando taxas mais altas de juros do que as oferecidas pelos bancos, a antecipação para quitar dívidas é um bom negócio”, diz.

Para Marcelo Ciampolini, diretor-presidente da Lendico, site de empréstimo pessoal online, é vantajoso para o consumidor que estiver endividado com linhas de crédito muito caras, como cartão de crédito ou cheque especial, pois a antecipação da restituição é um empréstimo com taxas de juros mais baixas.

Ciampolini considera que a antecipação da restituição tem a vantagem de o contribuinte pagar o empréstimo apenas no final do ano, em parcela única.

“Contudo, pode ser perigoso para o cliente, já que se ele deixar de receber o valor por qualquer razão será debitado da mesma forma”, afirma.

Por isso, Ciampolini aconselha o consumidor que pretende fazer esse tipo de empréstimo a garantir que terá o valor para o pagamento da dívida em parcela única mesmo que não receba a restituição. “Se o consumidor estiver em dúvida sobre isso, o empréstimo pessoal pode ser uma alternativa mais vantajosa, já que poderá diluir a dívida em várias parcelas e pode encontrar taxas baixas”, explica.

Pesquisa realizada pela Lendico com 750 pessoas mostrou que entre os que pretendem pedir a antecipação, 66,2% o farão para pagamento de dívida. Outros 14,7% tomarão o crédito para fazer compras, 9,2% preveem gastar o crédito com custos referentes a férias e 5% usarão o empréstimo para custos relacionados a educação.

Custo da operação vai além dos juros

O contribuinte deve ficar atento ao custo efetivo total da operação, pois não é apenas o valor dos juros que determina se um empréstimo é mais vantajoso que outro.

As instituições financeiras cobram taxas e impostos para realizar esse tipo de operação, como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e tarifas bancárias, por exemplo.

Entidades de defesa do consumidor alertam que no contrato que trata da antecipação da restituição devem constar informações sobre possíveis custos adicionais e juros que serão cobrados pelo período em que demorar para sair a restituição do consumidor.

“Sempre avalie as taxas e o custo efetivo total. Pode ser muito mais vantajoso tomar um empréstimo a taxas menores, parcelar por um tempo e, quando receber a restituição, quitar o valor restante e com desconto, por conta da antecipação de pagamentos”, diz Ciampolini.

Caso a pessoa esteja decidida a realizar o empréstimo, Domingos aconselha que faça uma pesquisa nos bancos. “A disputa pelos clientes é tão grande que as taxas cobradas flutuam muito entre as instituições financeiras. A primeira pesquisa pode ser pela internet, para, depois, sentar com o gerente do banco e negociar melhorias na proposta que eles oferecem”, aconselha.

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