Os contratos futuros de petróleo recuavam mais 20% na noite deste domingo (8), na maior queda diária desde 1991, depois que a Arábia Saudita cortou o valor de venda do barril e indicou o início de uma guerra de preços.
A decisão da Arábia Saudita vem na esteira do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção de petróleo.
Na sexta-feira, Rússia se opôs ao corte de produção sugeridos pela Opep para estabilizar os preços da commodity em meio à epidemia de coronavírus, que desacelera a economia global e afeta a demanda por energia.
Por volta das 20h (horário de Brasília), o petróleo do tipo Brent cedia US$ 9,57, ou 11,1%, cotado a US$ 35,70 o barril. Já o WTI recuava US$ 8,62, ou 20,9%, a US$ 32,66 o barril.
A Arábia Saudita também reduziu o preço oficial de venda do barril para abril entre US$ 6 e US$ 8 dólar o barril.
Maior queda em 11 anos
Na sexta-feira (6), o petróleo Brent registrou a maior queda diária em mais de 11 anos diante do fracasso nas negociações entre a Opep e a Rússia.
Como resposta ao governo da Rússia, a Opep removeu todos os seus limites de bombeamento. Até sexta-feira, os contratos de petróleo acumulavam queda de mais de 30% neste ano.