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BB estuda concurso para profissionais de tecnologia, diz Rubem Novaes

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse nesta terça-feira (29) que a empresa estuda lançar um concurso específico para contratar profissionais de tecnologia.

“Nós estamos pensando na possibilidade de um concurso mais direcionado para essa área de tecnologia e inovações. Hoje a porta de entrada do BB é só um concurso para escriturário”, disse a jornalistas após participar de evento promovido pelo banco Credit Suisse em São Paulo.

 Segundo Novaes, o projeto está caminhando rápido dentro da instituição é prioridade do vice-presidente de recursos humanos.

Durante painel no evento, o executivo observou que os bancos públicos têm dificuldade de reter talentos e que eles enfrentarão mais obstáculos dos que os privados para competir com as fintechs. 

Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil (BB) — Foto: Reuters

Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil (BB) — Foto: Reuters 

Reorganização 

O Banco do Brasil tem promovido uma série de alterações no seu quadro de funcionário. A companhia chegou a ter 110 mil funcionário. Hoje, tem 93 mil.

Em julho do ano passado, o Banco do Brasil (BB) anunciou um conjunto de ações para promover uma reorganização institucional, que incluiu uma adequação nos quadros de funcionários, com lançamento de um plano de desligamento incentivado.

“Foram demissões nas áreas em que havia um excesso de pessoal. E tivemos um êxito muito bom”, disse o Novaes. Ele explicou que a diminuição na quantidade de concursos realizados pelo bancos promove um ajustamento natural no quadro de funcionários da empresa conforme novos funcionários vão se aposentando.

 

Neste ano, o BB e a Petrobras anunciaram que os empregados que tiverem os pedidos de aposentadoria concedidos pelas novas regras da Previdência, em vigor desde novembro do ano passado, serão demitidos. 

Privatização 

Novaes voltou a dizer que é favorável à privatização do banco, mas que essa é uma decisão política e que o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso não compartilham de sua opinião.

“Eu acho que com o tempo e a classe política, de uma maneira geral, vai se convencer de que o papel do BNDES e da Caixa já suprem a necessidade de um banco público e que o Banco do Brasil poderia estar liberado para uma privatização”, afirmou, emendando que isso não está em discussão com o governo. 

Venda de subsidiárias 

Questionado sobre se a venda de subsidiárias pode ser uma alternativa à privatização, Novaes disse que "os ativos mais importantes" que poderiam ser vendidos sem "desfalcar" o banco já foram, e que o caminho para a modernização passa mais por parcerias com fintechs e outras empresas.

"Estamos vendendo o banco na Flórida, já saímos da nossa participação na Neoenergia […] Os outros setores, a área de meio de pagamentos e seguros e a área de administração de ativos de terceiros, têm uma sinergia grande dessas áreas com as atividades 'core' do BB. Então cabe mais falar em parcerias do que em saída do mercado", disse.

Em relação à possibilidade de venda do Banco Votorantim, Novaes afirmou que a empresa está programando um IPO (oferta inicial de ações em bolsa) e que o BB deve sair de "um pedaço" da controlada, mas na mesma proporção que outros sócios.

"O BV está sofrendo um processo de modernização espetacular e nós esperamos que seja um sucesso esse IPO."

Já sobre uma possível venda da participação na empresa de pagamentos Cielo, Novaes disse que a companhia está "em um momento difícil" e que estuda maneira de "encontrar caminhos melhores para ela".

 

Perguntado sobre se a saída para melhorar a Cielo passaria pela Cateno, joint venture formada pelo e banco pela empresa e que desenvolve tecnologia para a indústria de pagamentos, Novaes sinalizou com a cabeça que sim.

Com a crescente competição no mercado de maquininhas, a Cielo divulgou nesta semana que seu lucro caiu quase pela metade em 2019.

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