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Dólar sobe quase 1% e vai acima de R$3,90 com cena externa

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar saltou quase 1 por cento nesta segunda-feira e passou o patamar de 3,90 reais, acompanhando a cena externa com movimentos de maior aversão ao risco e sem atuações extraordinárias do Banco Central brasileiro. 

Notas de reais e dólares em foto ilustrativa 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

O dólar avançou 0,87 por cento, a 3,9111 reais na venda, maior nível de fechamento desde 7 de junho (3,9258 reais).

Em junho, a moeda norte-americana fechou com valorização de 3,76 por cento, quinto mês seguindo em elevação, período em que acumulou ganhos de quase 22 por cento.

“A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China segue no foco dos mercados, apoiando o dólar forte”, trouxe a corretora Rico Investimentos em relatório, citando ainda o baixo volume financeiro devido ao jogo do Brasil contra o México pelas oitavas de final da Copa do Mundo disputado no fim da manhã. 

No exterior, o dólar subia cerca de 0,35 por cento frente a uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o peso chileno, com os investidores ampliando as apostas de intensificação das tensões comerciais entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais, em especial a China.

A tensão crescia antes de 6 de julho, quando os EUA devem impor tarifas sobre 34 bilhões de dólares em exportações chinesas.

E mesmo com a forte valorização do dólar frente ao real, o BC não anunciou intervenções adicionais no mercado de câmbio nesta sessão. Apenas ofertou e vendeu integralmente o lote de até 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto.

Com isso, rolou o equivalente a 700 milhões de dólares do total de 14,023 bilhões de dólares que vence no próximo mês.

“Quando o dólar bateu em 3,95 reais (no intradia), o BC entrou e derrubou. Estamos muito próximos disso. Se fizer de novo, o mercado passa a entender que está defendendo esse teto para a moeda norte-americana, afirmou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello. 

Na noite de sexta-feira, o BC informou que continuaria atuando de forma coordenada com o Tesouro no mercado para “prover liquidez e contribuir para o seu bom funcionamento”, e que vai rolar integralmente swaps que vencem em agosto.

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