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Arrecadação federal sobe 3,95% e tem melhor março desde 2015, mas desacelera ritmo

BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação do governo federal subiu pelo quinto mês consecutivo em março, mas desacelerou o ritmo de crescimento em relação aos primeiros meses do ano, em meio aos sinais ainda irregulares da atividade econômica. 

Moedas de 1 real 15/10/2010 REUTERS/Bruno Domingos

Os impostos e contribuições recolhidos no mês tiveram alta real de 3,95 por cento sobre março do ano passado, a 105,659 bilhões de reais, informou a Receita Federal nesta terça-feira.

O resultado foi o mais forte para março desde 2015 (+110,538 bilhões de reais), mas veio abaixo de estimativa de 110 bilhões de reais, apontada em pesquisa Reuters junto a analistas.

Tanto em janeiro quanto em fevereiro, o desempenho da arrecadação havia sido bem mais expressivo, com alta de 10,12 e 10,67 por cento, respectivamente, sobre iguais períodos de 2017. 

A principal contribuição para a arrecadação em março veio com Cofins/PIS-Pasep, com avanço de 10,16 por cento na comparação com igual mês de 2017, a 21,416 bilhões de reais.

O Refis, programa de renegociação tributária, também seguiu ajudando o governo, somando 1,074 bilhão de reais no mês. Em março do ano passado, o parcelamento especial de dívidas tributárias rendeu 400 milhões de reais aos cofres públicos. 

A Receita também informou que, no primeiro trimestre, a arrecadação teve crescimento real de 8,42 por cento, a 366,401 bilhões de reais.

O governo prevê arrecadação mais forte este ano em função da retomada da economia, com expectativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) suba 3 por cento, após alta de 1 por cento em 2017. O mercado, contudo, vem reduzindo suas projeções para a economia, após dados do início do ano virem abaixo do esperado em meio ao alto nível de desemprego e capacidade ociosa nas empresas. Para 2018, a meta de déficit primário é de 159 bilhões de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), sendo que importantes medidas para dar folga a seu cumprimento, como a privatização da Eletrobras, ainda precisam de aprovação no Congresso Nacional.

 

Por Marcela Ayres

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