Ao longo de 15 anos, Reebok não gerou o lucro esperado pela adidas

A fabricante de artigos esportivos alemã adidas anunciou nesta quinta-feira (12/08) a venda de sua subsidiária Reebok para a empresa americana Authentic Brands Group (ABG), por 2,1 bilhões de euros - o equivalente a cerca de R$ 12,9 bilhões.

De acordo com o comunicado, a maior parte do valor será pago em dinheiro no fechamento da transação, que deve ser concluída no primeiro trimestre de 2022. A adidas planeja distribuir a maioria dos rendimentos aos seus acionistas.

A Reebok, sediada em Boston, foi adquirida pela adidas em 2006, por cerca de 3,1 bilhões de euros, em uma tentativa da gigante esportiva alemã de enfrentar a rival americana Nike.

Ao longo de 15 anos, no entanto, a marca não conseguiu atender às expectativas da adidas quanto à lucratividade, mesmo contando nos últimos anos com a publicidade de nomes de peso, como Victoria Beckham, Cardi B e Ariana Grande.

A Reebok alega que a empresa alemã proseguiu muito focada apenas em sua própria marca, dando pouca importância à subsidiária.

"A Reebok tem sido uma parte valiosa da adidas e somos gratos pelas contribuições que a marca e a equipe por trás dela deram à nossa empresa", disse o CEO da adidas, Kasper Rorsted, em um comunicado à imprensa.

"Com essa mudança de proprietário, acreditamos que a marca Reebok estará bem posicionada para o sucesso a longo prazo", acrescentou Rorsted.

O chefe do ABG, Jamie Salter, disse que será uma "honra" levar o legado da Reebok adiante. "Esperamos trabalhar de perto com a equipe da Reebok para construir o sucesso da marca", afirmou.

A ABG possui várias marcas, entre elas JCPenney, Forever21 e Brooks Brothers, além da famosa revista Sports Illustrated