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EXCLUSIVO Brasil precisa de US $ 10 bilhões por ano em ajuda para a neutralidade de carbono até 2050, disse o ministro

O Ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, participa da cerimônia de formatura da Ordem do Rio Branco no Palácio do Itamaraty em Brasília, 22 de outubro de 2020. REUTERS / Adriano MachadoO ministro do meio ambiente do Brasil, Ricardo Salles, disse à Reuters na sexta-feira que o Brasil precisaria receber US $ 10 bilhões anuais em ajuda externa para alcançar emissões líquidas de carbono zero em toda a economia até 2050, em vez de 2060 como planejado atualmente.

Salles tem convocado regularmente a comunidade internacional para pegar parte do cheque para reduzir as emissões de carbono do Brasil, que vêm predominantemente do desmatamento.
Seu pedido de US $ 10 bilhões por ano em ajuda ocorre no momento em que o Brasil negocia um acordo potencial separado com os Estados Unidos para reunir fundos estrangeiros para combater o desmatamento crescente na floresta amazônica. Salles disse que não espera que um acordo seja anunciado na cúpula do Dia da Terra dos EUA na próxima semana, mas que as negociações com os Estados Unidos continuarão.
"Não há e nunca houve o objetivo de negociar algum tipo de acordo para entregar em 22 de abril", disse Salles em entrevista.

 

A Reuters relatou na quinta-feira que um possível acordo chegou a um impasse, com o Brasil exigindo financiamento antecipado para aumentar os esforços de combate ao desmatamento, enquanto os Estados Unidos exigiam resultados antes de abrir seus cordões à bolsa. consulte Mais informação
“Nós entendemos a lógica deles, mas eles precisam entender que o Brasil já tem muitos resultados”, disse Salles.
Ele citou o fato de a maior parte da floresta brasileira estar preservada, o que significa que as emissões do carbono que contêm foram evitadas.
O desmatamento na porção brasileira da floresta amazônica disparou sob o governo de Bolsonaro, atingindo um pico em 12 anos em 2020, com uma área 14 vezes maior do que Nova York sendo destruída, mostram dados do governo.

 

Salles disse que apenas US $ 1 bilhão por ano dos US $ 10 bilhões permitiria ao Brasil atingir o desmatamento ilegal zero antes da meta existente para 2030.
Cerca de um terço desse dinheiro iria para a contratação de mais agentes ambientais, provavelmente oriundos das fileiras da polícia militar nacional, disse Salles.
Os outros dois terços seriam usados ​​para investir no desenvolvimento sustentável da região amazônica, disse ele.
“Foi isso que apresentamos”, disse Salles, sobre a proposta de parar o desmatamento. "Com que espírito? Você quer um plano? Aqui está um plano."

 

Bolsonaro na quarta-feira enviou uma carta ao presidente dos EUA, Joe Biden, renovando o compromisso do Brasil com a eliminação do desmatamento ilegal até 2030, uma meta que o recente aumento na destruição da Amazônia havia questionado.
Mas a carta não conseguiu atender a outras demandas dos Estados Unidos, que incluem uma redução imediata do desmatamento em 2021 e intensificou a fiscalização ambiental.
O vice-presidente Hamilton Mourão, que Bolsonaro encarregou da política da Amazônia, disse na sexta-feira que atingir a meta de 2030 exigiria uma redução de 15-20% no desmatamento na Amazônia a cada ano até então. consulte Mais informação
Mourão disse que o governo estuda estender um destacamento militar para proteger a Amazônia se a destruição não diminuir tanto até julho.

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