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ENTREVISTA-Nippon Steel mira produção perto de 11 mi de t por trimestre em 2019/20

TÓQUIO (Reuters) - Maior siderúrgica do Japão, a Nippon Steel & Sumitomo Metal planeja aumentar a produção de aço bruto para cerca de 11 milhões de toneladas por trimestre no ano financeiro que se inicia em 1º de abril, após problemas de sistema reduzirem o volume produzido e a projeção de lucro para este ano, disse um executivo sênior da empresa.

“Devemos ser capazes de produzir 11 milhões de toneladas de aço bruto por trimestre, mas a produção real tem ficado abaixo disso nos últimos anos”, afirmou o vice-presidente-executivo da Nippon Steel, Katsuhiro Miyamoto, em entrevista à Reuters na sexta-feira.

A média estimada para produção trimestral no ano financeiro que termina em 31 de março chega a 10,3 milhões de toneladas.

“Planejamos aumentar nossa produção de aço bruto no próximo ano em relação a esse, o que será fator crucial para aumentar nossos lucros”, disse Miyamoto.

No começo deste mês, a terceira maior siderúrgica do mundo em produção de aço bruto alertou que seu lucro anual para o ano financeiro 2018/2019 seria 6 por cento menos que o projetado anteriormente, citando menor produção de aço bruto.

Problemas técnicos em suas usinas, incluindo em Oita e Wakayama, no oeste do Japão, foram causados por diferentes fatores, acrescentou ele, citando a qualidade mais baixa de matérias-primas, o envelhecimento das instalações e a maior pressão sobre sistemas de processamento e produtos mais avançados como aço de alta resistência.

Para resolver esses problemas, a Nippon Steel conduziu manutenção de rotina mais freqüentemente e começou a operar um novo alto-forno em Wakayama este mês, substituindo outro de 31 anos, que foi a mais antiga instalação em operação do mundo. 

“A (instalação de) Oita está em plena operação novamente, enquanto o novo alto-forno de Wakayama está no caminho de aumentar (a atividade)”, disse Miyamoto.

Siderúrgicas japonesas desfrutam de uma sólida demanda doméstica de montadoras e do setor de construção, que está ocupado com projetos para os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio. Mas desastres naturais e falhas as impediram de produzir o tanto de aço que planejavam.

Além disso, siderúrgicas no mundo todo se deparam com preços mais elevados do minério de ferro, após o rompimento de uma barragem de rejeitos em mina da brasileira Vale, que matou cerca de 300 pessoas no desastre mais letal de mineração no país.

“Presumimos que as coisas se estabilizarão depois que outros tipos de barragem de rejeitos usadas em outras minas forem reconhecidas como seguras”, disse Miyamoto, em especificar um prazo.

 

A Nippon Steel, que compra do Brasil cerca de 30 por cento do minério de ferro que utiliza, não viu qualquer impacto nas compras em termos de volume, contou o executivo, ainda que o aumento dos preços seja uma preocupação.

Ele espera que os preços gradualmente voltam a se estabilizar.

“A Vale é capaz de aumentar a produção, já que tem outras minas no norte do Brasil, e outras minas também podem aumentar a produção”, afirmou.

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