Durante o Congresso Internacional do Trabalho e Concorrência Mundial, realizado nos dias 04 e 05 de maio em Istambul, na Turquia, a Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) assinou o convênio de cooperação para desenvolver e fortalecer as relações bilaterais com a Confederação de Sindicatos de Servidores Públicos (MEMUR-SEN). O evento que acontece a cada dois anos reuniu mais de 180 representantes de entidades sindicais de trabalhadores, de 105 países e forte participação das mulheres.
Representando a CNPL, o secretário de Relações Globais, Divanzir Chiminacio, esclareceu que o convênio de cooperação reforça o trabalho integrado em andamento, a exemplo dos três cursos de formação sindical realizados recentemente. “O Congresso Internacional é uma oportunidade ímpar para troca de experiências, do trabalho exitoso nos países na defesa de direitos. O convênio chancela a interação, aproxima o diálogo e fortalece as ações coletivas”, pontuou.
Entre os pontos de pauta propostos no convênio de cooperação estão: troca de delegações para aprender com as experiências umas das outras sobre a vida profissional; estabelecer novos laços de oportunidade para a cooperação sustentável; fornecer serviços de consultoria, treinamento e ensino uns aos outros; organizar workshops, conferências, simpósios, programas de treinamento e indicação de especialistas e participantes para tais atividades; entre outras ações coletivas.
O Congresso Internacional também aprofundou o debate em bandeiras de luta já defendidas pela CNPL no Brasil, como a defesa pelo trabalho decente, por meio da disseminação da tese “A escravidão contemporânea e sua incidência sobre os profissionais liberais no Brasil e no Mundo”, que é uma denúncia contra a exploração e a precarização das relações de trabalho dos profissionais liberais. A CNPL entende que a luta contra o desrespeito às leis trabalhistas é primordial para que o trabalho decente seja uma realidade no Brasil.
Além disso, a igualdade de gênero e a luta contra o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, também foram pautas amplamente discutidas no Congresso Internacional, ratificado como problema em comum entre os países. No Brasil, além de integrar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda da Organização das Nações Unidas (ONU), aderidos pela CNPL como norteador da gestão até 2020. O incentivo à presença feminina nas lideranças sindicais foi fortalecido na própria diretoria da CNPL, com o aumento das mulheres à frente das pastas de trabalho.
