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CNPL ALERTA: defasagem da tabela do Imposto de Renda chega a 88,4%, desde 1996

A Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) alerta os trabalhadores sobre da defasagem da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) que chega a 88,4%, desde 1996. Os dados são do estudo apresentado pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) neste mês de janeiro.  Isso significa que os contribuintes estão pagando cada vez mais imposto e o governo, embolsando além do que deveria e achatando a renda da população, segundo Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional.  

Conforme explica estudo, com correção, a faixa de isenção abrangeria os contribuintes com recebimentos até R$ 3.556,56 ao mês. Uma diferença de R$ 1.652,58 em relação ao valor aplicado atualmente. Para 2018, também não deverá ser realizada correção, segundo informou recentemente a Receita Federal. Com isso, a isenção deve continuar a ser aplicada para aqueles que recebem até R$ 1.903,98 por mês.  

Se por um lado, com uma ampliação da faixa de isenção, um grupo maior de contribuintes deixaria de reter impostos na fonte, por outro lado o governo perderia receita. “Quando o governo usa esse tipo de artimanha para arrecadar fácil está penalizando uma faixa da população considerável”, aponta Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional. “São recursos que, se esse grupo pudesse contar, em vez de pagar imposto, certamente seriam canalizados para consumo. Fazendo a roda de a economia girar. O governo não deveria jamais de contar com esse recurso” argumenta.

O presidente do Sindifisco Nacional faz duras críticas à falta de correção na tabela do IR. “Ao se apossar daquilo que não tem direito, o governo achata a renda do trabalhador. Obriga-o a pagar mais imposto, dinheiro que poderia ser mais bem aplicado na poupança, no aprimoramento da formação educacional, no consumo, etc”.

A análise do Sindifisco Nacional ainda aponta que a defasagem não afeta apenas aqueles com menores rendimentos. Na verdade, ela atinge as demais faixas de renda, uma vez que obriga o contribuinte a pagar mais imposto de renda do que deveria.

Os descontos conferidos também deveriam ser maiores caso a tabela fosse corrigida. Para educação, o teto anual de desconto é de R$ 3.561,50 atualmente. Se a tabela não estivesse defasada, esse valor seria de R$ 6.709,90. Ou seja, quase o dobro do praticado hoje em dia. 

Já para dependentes, o desconto seria de R$ 4.286,28/ ano, ao invés dos atuais R$ 2.275,08/ ano.

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